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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Materia de Neuroanatomia


SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso,  juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a: 

-      perceber as variações do meio (interno e externo),
    a difundir as modificações que essas variações produzem
 e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (homeostase).
São os sistemas envolvidos na coordenação e regulação das funções corporais.
Neurônios e as células da Glia

         No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares:
        os neurônios e as células da glia (ou da neuróglia).

        Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase.

        Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: 
         a irritabilidade (também denominada excitabilidade ou responsividade)
         e a condutibilidade.
        
        Irritabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto, irritabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a responder.
         Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também diferem umas das outras.
        A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação - chamada de impulso nervoso - por toda a sua extensão em grande velocidade. Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade. 


         Um neurônio é uma célula composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que podem ser subdivididos em dendritos e axônios.  

 

         Os dendritos atuam como receptores de estímulos, funcionando portanto, como "antenas" para o neurônio.
         Os axônios são prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos.
         Todos os axônios têm um início (cone de implantação),                                              um meio (o axônio propriamente dito) e                                         um fim (terminal axonal ou botão terminal).
         O terminal axonal é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ou outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles.
         A região de passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula adjacente chama-se sinapse. 
         Às vezes os axônios têm muitas ramificações em suas regiões terminais e cada ramificação forma uma sinapse com outros dendritos ou corpos celulares. Estas ramificações são chamadas coletivamente de arborização terminal
         Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central (SNC), ou nos gânglios nervosos, localizados próximo da coluna vertebral.
         Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios, formando feixes chamados nervos, que constituem o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
         O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes:
        célula de Schwann (encontrada apenas no SNP) ou
        oligodendrócito (encontrado apenas no SNC)

        Em muitos axônios, esses tipos celulares determinam a formação da bainha de mielina - invólucro principalmente lipídico e a chamada proteína básica da mielina.
         Em axônios mielinizados existem regiões de descontinuidade da bainha de mielina, que acarretam a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.
        No caso dos axônios mielinizados envolvidos pelas células de Schwann, a parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo desta célula, constitui o chamado neurilema.
         A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons ativamente, do líquido extracelular para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao líquido extracelular.
         Assim funciona a bomba de sódio e potássio,  sódio(Na)  para fora 3 íons  e potássio(K) para dentro 2 íons.


         Além da bomba de sódio e potássio, em repouso a membrana da célula nervosa é praticamente impermeável ao sódio, impedindo que esse íon se mova a favor de seu gradiente de concentração (de fora para dentro); 
         porém, é muito permeável ao potássio, que, favorecido pelo gradiente de concentração e pela permeabilidade da membrana, se difunde livremente para o meio extracelular.
         Como a saída de sódio não é acompanhada pela entrada de potássio na mesma proporção, estabelece-se uma diferença de cargas elétricas entre os meios intra e extracelular: há déficit de cargas positivas dentro da célula e as faces da membrana mantêm-se eletricamente carregadas.
         O potencial eletronegativo criado no interior da fibra nervosa devido à bomba de sódio e potássio é chamado potencial de repouso da membrana, ficando o exterior da membrana positivo e o interior negativo. Dizemos, então, que a membrana está polarizada.

         Ao ser estimulada, uma pequena região da membrana torna-se permeável ao sódio (abertura dos canais de sódio).
         Como a concentração desse íon é maior fora do que dentro da célula, o sódio atravessa a membrana no sentido exterior para o interior da célula.
         A entrada de sódio é acompanhada pela pequena saída de potássio. Esta inversão vai sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse processo é denominado onda de despolarização.
         Os impulsos nervosos ou potenciais de ação são causados pela despolarização da membrana além de um limiar (nível crítico de despolarização que deve ser alcançado para disparar o potencial de ação).
         Os potenciais de ação assemelham-se em tamanho e duração e não diminuem à medida em que são conduzidos ao longo do axônio, ou seja,  são de tamanho e duração fixos.
         A aplicação de uma despolarização crescente a um neurônio não tem qualquer efeito até que se cruze o limiar
         e, então, surje o potencial de ação. Por esta razão, diz-se que os potenciais de ação obedecem à "lei do tudo ou nada".

O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no sentido dendrito ao corpo celular e ao axônio.  
         Sinapse elétrica – rara em vertebrados ( interneurais) músculo liso e cardíaco.
         Sinapse Química – entre neurônios e neuro efetuadoras. Neuro transmissor
         Adrenalina
         Noradrenalina
         Acetilcolina
         Endorfinas , encefalinas,
        Os neurônios sintetizam esses neurotransmissores.

         Cada neurônio pode receber de 1.000 a10.000 contatos sinápticos em seu corpo e dendritos.

         Dependendo do neurotransmissor liberado gera-se a  abertura de canais que podem favorecer a entrada de cargas positivas gerando a Despolarização.

         O contrário é a Hiperpolarização.

         A membrana em estado de repouso está polarizada
         ( quando sai dessa situação = despolarização, quando está em uma situação que reforça o estado de repouso( - dentro e + fora = hiperpolarizaçã).

Medula Espinhal
Generalidades

Etmologicamente, significa miolo e indica o que está
dentro.

Massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do
canal vertebral, medindo aproximadamente 45 cm.


Bulbo  e 2ª vértebra lombar  -
Cone medular e           Filamento terminal


Função

Dar origem à 31 pares de nervos espinhais

       8 cervicais
     12 torácicos
       5 lombares
       5 sacrais
       1 coccígeo

















Estrutura Geral

Forma: Cilíndrica, ligeiramente achatada no sentido ântero-posterior.




Sulcos

Fissura mediana anterior
    Sulco lateral anterior
    Sulco lateral posterior
    Sulco mediano posterior
    Sulco intermédio posterior

Funículos

Substância branca na medula - áreas que contém basicamente fibras mielínicas além, da neurogliais.
Funículos – anterior , lateral e posterior .

Colunas

Substância cinzenta da medula, áreas que contém basicamente corpos celulares, e células neurogliais.         Anterior, Lateral e Posterior



Envoltórios da medula e encéfalo

Meninges: Membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.

Dura-mater
Aracnóide
Pia-mater
Espaços: Sub-aracnóideo, sub-dural e epidural ( extradural entre o periósteo do canal vertebral e a dura-máter)
Curiosidades
Saco dural terminal em S2.  Entre L2 e S2 o espaço subaracnóide é maior, contem maior quantidade de líquor não havendo riscos de gerar lesão na medula ao introduzir agulha para:
-         Retirada de líquor
-         Medida da pressão do líquor
-         Para introdução de substâncias que aumentam o contraste das radiografias( ar, hélio, sais de iodo )
-         Introdução de anestésicos

   

 

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