Blog destinado à postagem de materiais utilizados no curso de Psicologia.



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SLIDES SOBRE DESENVOLVIMENTO HUMANO - MEIA IDADE - Prof Kenia

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Bons estudos a todos.

domingo, 19 de setembro de 2010

BIOGRAFIA DE FREUD - Processos Psicologicos III - Prof Marisa


          Biografia de Sigmund Freud
          SEIS DE MAIO

DE 1856 a 2006

 150 ANOS
 SIGMUND FREUD
          Freud gostava de citar um arguto satirista,
Johann Nestroy, que dizia:
"Todo passo à frente tem apenas metade do tamanho que parece ter a princípio."
          1815 - Nasce Jacob Schlomo, pai de Sigmund Freud, em Tismênica, (pequena cidade de 6.000 habitantes), na Galícia Oriental (Polônia) na época ,província do Império Austro-Húngaro.
1835 - Nasce Amalie Nathason, mãe de Sigmund Freud, da mesma província.
       6 de maio 1856- Nasce Sigmund Freud
1859 - Outubro – Freud e a família de mudam-se para Viena, preservando a sua ligação com a cultura tcheca através da gastronomia, motivo para historiadores publicarem livros  de seus pratos favoritos.
1870 - Visita de Sigmund Freud a Freiberg, sua terra natal.
          1873 - Gradua-se no Gynasium; Ingressa no curso de Medicina, na Universidade de Viena.

1881 - Conclui sua graduação em Medicina.
1882 - Breuer termina o tratamento de
Ana O; Freud trabalha no Hosp. Psiquiátrico, com Theodor Meynert.
1884-885 - Realiza estudos e pesquisas sobre as aplicações clinicas da cocaína
e seus efeitos
          1885-1886 - De outubro a março.
Muda-se para Paris e estagia em
La Salpetriere, com  neurologista
francês Jean-Martin Charcot.
          1886- Abre consultório e casa-se com Martha Bernays;                           
1887-1888 - Sigmund Freud estuda o uso da hipnose.
1891 - Muda-se para Bergasse, 19, casa onde viverá 40 anos,mais tarde transformada em museu.
          1893-1894- 1895-Com Josef Breuer, o médico austríaco, confecciona os Estudos sobre a Histeria. Breuer cria um Método visando tratar a Histeria O Método Catártico (de Catarsis).
Catarsis
Termo antigo,cunhado por Aristóteles, preconizando limpezas simbólicas das emoções; termo também utilizado para os laxativos em medicina: - Os Catárticos.
A História registra mais uma proposta  para o alivio das tensões,das  ansiedades, dos sentimentos e dos medos, regulada por leis orgânicas. E numa virada histórica, Freud constrói uma outra visão do ritmo do aparelho psíquico, e introduz um corte no conhecimento humano, corte epistemológico este, que introduz na Cultura a idéia da existência das Leis do Inconsciente
          1896 - Usa o termo Psicanálise pela primeira vez
1899-1901 - Publica:
A Interpretação dos Sonhos 
Inicia a análise de Dora,
uma moça de 18 anos.
1902 - Funda a Sociedade Psicológica das Quartas-feiras.
          1905 - Publica os trabalhos que modificarão para sempre o conceito de realidade. O conceito freudiano de Inconsciente traz para a cultura uma revolução, inclui o particular que decorre do funcionamento do INCONSCIENTE.

A partir daí, há um corte epistemológico na ciência e na Arte, e os arquivos da cultura serão marcados pela idéia de que, além da apreensão do racional, existe a produção que chega diretamente do Inconsciente.
Destacamos os seguintes textos:

· Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade,
· Os Chistes e Suas Relações com o Inconsciente
· Fragmentos da Análise de um Caso de Histeria
          1909 - Visita os Estados Unidos, como conferencista convidado, para as comemorações do jubileu da Clark University, em Wochester       
      1910 - Funda a International Psycho-Analytical Association.
1921 - No Brasil, em São Paulo, Durval Marcondes se interessa pela Psicanálise 
                     
1928 - Correspondência de Freud com o Prof. Durval Marcondes da USP-SP.
          1938 - Quando a Áustria é anexada à Alemanha; a casa de Freud e a Associação Vienense de Psicanálise são vasculhadas. 
Ana Freud é presa e interrogada pela Gestapo.
As irmãs de Freud morrem em campos de concentração
 Com a intervenção de William Bullitt, diplomata americano, e com o resgate pago por Marie Bonaparte, imigra para Londres, Inglaterra residindo em Maresfield Gardens 20; hoje Freud Museum of London.
   Conclui o texto “Moisés e o Monoteísmo”.
1939
Morre,em Londres. no dia  23 de setembro, lega para a humanidade o tratamento para a Saúde Mental que inclui o Inconsciente, atraindo seguidores ao longo das décadas seguintes.
          1956
- Centenário de nascimento de Freud
O psicanalista francês Jacques Lacan retoma Freud e trabalha no seu Seminário sobre “As Psicoses”, a importância do resgate do conceito de Inconsciente e suas produções, trazendo novos avanços  ao tratamento das psicoses

TEXTO 2 - SISTEMAS PSICOLOGICOS III - Prof Marisa


A Natureza da Psicologia

n Como nascemos? De onde viemos?

n Porque somos desse jeito e não de outro?

n O que, ao longo do nosso processo de desenvolvimento, fez com que

n sejamos como somos?

n Porque vivemos conflitos?

n O que é preciso fazer para ser mais feliz?

n Como nos relacionamos com a natureza, com a idéia de vida e de morte?

 Escopo da Psicologia

Essas questões povoam o imaginário do ser humano desde tempos remotos.

A preocupação com essas questões remonta a própria origem da

humanidade.

E a Psicologia surge como uma ciência que tenta respondê-las.

A Psicologia, como toda produção humana, remete as necessidades de uma determinada cultura, de uma sociedade.

Portanto para compreendê-la precisamos compreender os diversos períodos da história da humanidade.

 Origens Históricas da Psicologia

         A Psicologia entre os gregos

A participação dos filósofos gregos para a compreensão das grandes questões humanas foi imensa e podemos dizer que “(...)nenhum outro povo da Antiguidade influenciou tão decisivamente nossa civilização ocidental como os gregos.”(CHASSOT,2004,p.33).

A Grécia perde sua independência política em decorrência de lutas e conflitos sucessivos com outros povos, especialmente, os macedônios e, finalmente, com a intervenção romana, que fez da Grécia sua província.

Mas, ainda assim, a Grécia continua sendo um grande centro de ciência e cultura.

 O Império Romano exerceu grande influência na história da civilização ocidental, sendo uma de suas principais características o fortalecimento do cristianismo.

Com a hegemonia do ideário Cristão no cenário histórico-social e cultural, os avanços dados em direção ao entendimento do ser humano passaram a estar submetidos aos dogmas religiosos e, então, se estabeleceu um abismo entre a cultura grega, considerada profana, pagã e a doutrina cristã.

Tendo em vista que a ciência estava subordinada à fé, portanto, todo saber estava aprisionado nos grandes templos religiosos.

E não era diferente para a Psicologia. Seus estudos refletem a dependência e subordinação religiosa.

 O período histórico que se inicia em fins da Idade Média, conhecido como período da Revolução Científica (séc. XV – XVI), associado ao Renascimento, é marcado por uma série de mudanças no cenário sócio-histórico da Europa, sobretudo em oposição aos abusos, ao monopólio científico e a ignorância monástica em prol do ressurgimento do humanismo,no entanto sem perder o cunho religioso.

 Ocorreram mudanças significativas na maneira de encarar o mundo e o ser humano.

Enquanto na Idade Média o homem devia se submeter a vontade de Deus, às orientações do clero e ao domínio político da nobreza, os humanistas procuravam valorizar o ser humano em sua individualidade, força e criatividade.

 Reforma Protestante

 Heliocentrismo (Galileu Galilei)

 Contra-reforma e Inquisição

 Os primórdios da Psicologia Científica

                     “Penso, logo existo”.

Ao pronunciar tal assertiva, o filósofo francês René Descartes (1596-1650), considerado um marco histórico na Psicologia pré-científica, postula o dualismo mente – corpo, sendo mente a instância humana responsável pelo pensamento, que não possui materialidade, ao passo que o corpo era a substância material, sujeito às ações físicas, mecânicas e, portanto, o corpo sem a mente é apenas matéria.

Com a revolução industrial, impregnada do ideário Iluminista, no começo do século XVII, ocorreram investigações e descobertas que deram origem à ciência moderna e fizeram nascer o mundo contemporâneo.

A valorização da razão, da observação, da experimentação e a utilização do raciocínio matémático caracterizaram esse período.

 O crescimento de uma nova ordem econômica, o capitalismo, surgem novas formas de relações humanas e de se viver o tempo, sobretudo em decorrência da industrialização.

A ciência passa a ocupar-se de produzir conhecimento capaz de responder as

demandas sociais da época e nesse caso, do capitalismo.

E assim, o trabalho, a produção e a técnica assumem papel central na formação humana.

 Com as novas exigências do mundo moderno, a Psicologia precisava, para ter o status de ciência, de um objeto de estudo definido e concreto, um corpo teórico que a sustente e procedimentos experimentais definidos, com controle das variáveis.

 Nesse momento de grande efervescência científica, Augusto Comte sistematiza uma teoria, segundo a qual só tem validade as verdades baseadas na experiência e na observação.

Trata-se do Positivismo e que vai servir de base para toda a ciência moderna.

 Considera-se que a Psicologia científica começou em 1879, quando Wilhelm Wundt montou o primeiro laboratório de Psicologia na Universidade de Leipzig na Alemanha.

Desenvolveu a idéia de que a mente e o comportamento poderiam ser objeto de análise científica como os planetas, substâncias químicas ou os órgãos humanos.

Preocupava-se primordialmente com os sentidos, em especial com a visão mas estudou também a atenção, a emoção e a memória.

 Segundo Bock (2002, p.26):

Esse marco histórico significou o desligamento das idéias psicológicas de idéias abstratas e espirituais, que defendiam a idéia de uma alma nos homens, a qual seria a sede de uma vida psíquica.

 A Psicologia, portanto, do final do século XIX e início do século XX, se caracteriza por ter incorporado os princípios, legitimados pela sociedade da época, sobre o que significava fazer ciência.

Assim, desvincula-se da filosofia e, sobretudo, define seu objeto: o COMPORTAMENTO, que delimita seu campo de abrangência e estabelece critérios metodológicos de estudo.

 Psicologia Científica

Portanto, a Psicologia não mais divagava pelo mundo da idéias, como propunha a filosofia, mas, sim, observava o comportamento humano e controlava suas variáveis em laboratórios.

Com base nesses critérios começa a se delinear, basicamente, três escolas em Psicologia:

 Funcionalismo: define como objeto de estudo a consciência como elemento fundamental para a adaptação do homem ao meio. Portanto, investiga “o que os homens fazem

e por que o fazem”.

Estruturalismo: objeto de estudo também é a consciência, mas sob seus aspectos estruturais, ou seja, “os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central”. (Bock,2002.p. 42)

Associacionismo: concebiam o processo de aprendizagem como uma relação de associação de idéias. Teve seu início com Thorndike (1874-1949), que formulou a primeira teoria da aprendizagem na Psicologia. Formulou a “Lei do Efeito”, ou seja, todo organismo vivo tende a repetir um determinado comportamento quando recompensado ou inibí-lo se for castigado. Neste caso, a recompensa e o castigo configuram-se como efeitos do comportamento.

        Foram consideradas escolas de psicologia rivais, ainda consideravam a psicologia como a ciência da experiência consciente e foram suplantadas em 1920 por três escolas mais novas.

O Behaviorismo: O americano John B. Watson postulou o comportamento como o objeto da Psicologia – objeto observável, mensurável, cujos experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes condições e sujeitos.

O Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações). 

A Gestalt (Psicologia da forma): termo alemão de difícil tradução. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração. Os gestaltistas estavam interessados na percepção e acreditavam que as experiências perceptivas dependiam dos padrões formados pelos estímulos e da organização da experiência. Assim, o todo é diferente da soma das partes, uma vez que o todo depende dos relacionamentos entre as partes.

Psicologia Científica

Os psicólogos da gestalt estavam interessados na percepção do movimento, em como as pessoas avaliam o tamanho e na aparência das cores com diferente iluminação. Estes interesses os levaram a diversas interpretações centradas na percepção da aprendizagem, da memória e da resolução de problemas.

Psicanálise: é tanto uma teoria da personalidade quanto um método de psicoterapia criada por Sigmund Freud na virada do século XX. No centro da teoria freudiana está o conceito de inconsciente - isto é, pensamentos, atitudes, impulsos, desejos, motivações e emoções das quais não temos consciência.

 Perspectivas Contemporâneas da Psicologia

Perspectiva Biológica: procura relacionar o comportamento explícito a eventos elétricos e químicos que ocorrem dentro do corpo; ou seja, procura identificar os processos neurobiológicos que subjazem o comportamento e os processos mentais.

Ex.: abordagem biológica da depressão (mudanças anormais nos níveis de neurotransmissores).

 Perspectiva Comportamental: concentra-se nos estímulos e respostas observáveis.

Uma análise E-R de sua vida social pode concentrar-se nas pessoas com as quais você interage (este seriam os estímulos sociais), os tipos de respostas que você lhes dá (recompensa, castigo ou indiferença), os tipos de respostas que elas por sua vez dão a você (recompensa, castigo ou indiferença), e como as recompensas sustentam ou perturbam a interação.

 Perspectiva Cognitiva: preocupa-se com processos mentais como percepção, recordação, raciocínio, decisão e solução de problemas. O cognitivismo moderno presume (1) somente pelo estudo dos processos mentais podemos compreender plenamente o que os organismos fazem, e (2) que podemos estudar os processos mentais de maneira objetiva focalizando comportamentos específicos mas interpretando-os em termos de processos mentais subjacentes. Utilizam analogias entre a mente e um computador.

 Perspectiva Psicanalítica: o pressuposto básico da teoria freudiana é o de que grande parte de nosso comportamento provém de processos inconscientes, ou seja, crenças, medos e desejos dos quais uma pessoa não têm consciência, mas que mesmo assim influenciam seu comportamento.

 Perspectiva Fenomenológica: Rejeita-se os pressupostos sobre a natureza humana das abordagens psicanalítica e comportamental. Enfatiza-se as qualidades humanas especiais que distinguem as pessoas saudáveis tanto de pacientes perturbados quanto de animais.

De acordo com as teorias humanistas, a principal força motivacional de um indivíduo é uma tendência para o crescimento e auto-realização. Todos nós temos uma necessidade básica de desenvolvermos nosso potencial ao máximo, de progredir para além de onde nos encontramos no momento. 

 Psicologia, componente das ciências humanas:

“(...) reivindicando o status de serem científicas, aderiram ao universo do pensamento axiomático, calcado na lógica matemática, substituindo progressivamente o mundo da realidade humana, chegando mesmo a abolir a própria distinção entre pessoas e coisas”.

 Qual o preço pago pela sua cientificidade? De que teve de abrir mão para merecer esse status?

O dilema vivido atualmente pelas ciências humanas, ou seja, quanto mais busca a neutralidade científica e objetividade mais se distancia de sua humanidade, traz uma nova concepção de ciência humana.

 A Psicologia está atrelada à lógica da produção e seus mecanismos de manutenção e a própria ciência serve a esse propósito.

 Para Nietzsche:

Um tipo de filósofo encontra-se entre os pré-socráticos, no quais existe unidade entre o pensamento e a vida, esta “estimulando” o pensamento, e o pensamento “afirmando” a vida. Mas o desenvolvimento posterior da filosofia teria trazido consigo a progressiva degeneração dessa característica, e, em lugar de uma vida ativa e de um pensamento afirmativo, a filosofia ter-se-ia proposto como tarefa “julgar a vida”, opondo a ela valores pretensamente superiores, medindo-a por eles, impondo-lhe limites, condenando-a. 

Em lugar do filósofo-legislador, isto é, crítico de todos os valores estabelecidos e criador de novos, surgiu o filósofo metafísico. Essa degeneração apareceu claramente com Sócrates, quando se estabeleceu a distinção entre dois mundos, pela oposição entre essencial e aparente, verdadeiro e falso, inteligível e sensível.

Para Nietzsche:

Sócrates “inventou” a metafísica, fazendo da vida aquilo que deve ser julgado, medido, limitado, em nome de valores “superiores” como o Divino, o Verdadeiro, o Belo, o Bem. Com Sócrates, teria surgido um tipo de filósofo voluntário e sutilmente “submisso”, inaugurando a época da razão e do homem teórico, que se opôs ao sentido místico de toda a tradição da época da tragédia.

 Desenvolvimento da Personalidade

Personalidade

Padrões distintivos e característicos de pensamento, emoção e comportamento que definem o estilo pessoal de interação da pessoa com os ambientes físico e social.

A psicologia da personalidade se ocupa em descrever as diferenças individuais e, principalmente, os processos dinâmicos de funcionamento da personalidade.

Para se desenvolver teorias da personalidade é necessário a utilização de várias abordagens visando sintetizar os muitos processos que influenciam as interações de indivíduo com os ambientes físico e social – biologia, desenvolvimento, aprendizagem, pensamento, emoção, motivação e interação social – em uma abordagem integrada da pessoa total.

 As 04 abordagens teóricas que dominaram a psicologia da personalidade no século XX:

 Psicanalítica;

 Behaviorista;

Humanista;

 Cognitiva.

 Em que medida nossas crenças, emoções e ações são livres e em que aspectos elas são determinadas por causas fora de nosso controle? Somos basicamente bons, neutros ou maus? Fixos ou modificáveis? Ativos ou passivos no controle de nossos destinos?

O que constitui saúde psicológica ou falta de saúde?

 Blibliografia:

BOCK, Ana M.B.  et.all. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2001.

TEXTO SISTEMAS PSI III - Prof Marisa

Desenvolvimento Afetivo-Desenvolvimento da Personalidade na abordagem psicodinâmica

 A Psicanálise

Teoria: Caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica.

Método de Investigação: Caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos.

Análise: Forma de tratamento que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento.

 A Gestação da Psicanálise

Método Catártico: Nome dado por Josef Breuer ao tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas.

 Freud no início usou a hipnose com objetivos de sugestão e para obter a história da origem dos sintomas. Depois passou a utilizar a técnica de “concentração”, na qual a rememoração sistemática era feita por meio da conversação normal; e, por fim, abandonou as perguntas para confiar completamente à fala desordenada do paciente (associação livre).

A Descoberta do Inconsciente

“Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior?”

O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, e era exatamente por isso que havia sido esquecido e o penoso não significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia referir-se a algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado.

Utilizando a Associação Livre, Freud observou que muitas vezes seus pacientes ficavam embaraçados, envergonhados com algumas idéias ou imagens que lhes ocorriam. A essa força psíquica que se opunha a revelar um pensamento, a torná-lo consciente, denominou resistência.

Chamou de repressão o processo psíquico que visa fazer desaparecer da consciência uma idéia ou representação insuportável ou dolorosa que está na origem do sintoma. Esses conteúdos psíquicos que através da resistência foram reprimidos localizam-se” no inconsciente.

 Enfoque Psicodinâmico da Personalidade

Quando alguém deseja compreender o comportamento dos outros ou o próprio busca descobrir a motivação de suas atitudes e opiniões, sentimentos e crenças. Procura relacionar a conduta com impulsos, emoções, pensamentos e percepções que a determinaram e atua do mesmo modo na previsão de novos comportamentos.

Cabe a Freud o mérito de ter estabelecido as bases científicas da compreensão psicodinâmica da conduta humana.

Sistemas do Aparelho Psíquico

Freud refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas:

l Inconsciente

l Pré-consciente

l Consciente

 O Inconsciente é constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/ consciente, que podem ter sido conscientes em algum  momento e ter sido reprimidos ou genuinamente inconscientes. É um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias (Ex: é atemporal, conteúdos sempre atuantes, impulsos contrários coexistem, não há dúvidas nem incertezas, e outras.)

O Pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.

O Consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.

 Estrutura do Aparelho Psíquico

l Personalidade implica em estrutura e desenvolvimento.

l Freud concebeu para a atividade psíquica uma estrutura a que chamou de aparelho psíquico composto de três partes:

                            Id

                            Ego

              Superego

Id – parte original do aparelho referente à porção herdada do indivíduo. Está ligado diretamente com a satisfação das necessidades básicas da criança no início da vida. Consiste de impulsos que obedecem ao princípio do prazer (busca do prazer e evitação da dor). A criança deseja gratificação imediata e não tolera frustração.

Ego – parte do aparelho psíquico resultante de diferenciação do id, em função da necessidade de adaptação ao meio. Desenvolve-se o princípio da realidade (busca do prazer e evitação da dor, com tolerância à frustração). O ego exerce o papel de intermediário entre o mundo interno (id) e o mundo externo com as funções de perceber, lembrar, pensar, planejar e decidir.

Superego – parte do aparelho psíquico que representa a herança sócio-cultural do indivíduo. Constitui-se de regras e normas impostas pelo mundo externo e incorporadas na estrutura psíquica. Ao lidar com demandas repetidas do meio, a decisão do indivíduo ocorre automaticamente a partir do superego constituído.

 Estruturas e Sistemas do Aparelho Psíquico

Id ................ Todo inconsciente.

Ego ............. Parte consciente/ pré-consciente e parte inconsciente.

Superego..... Parte inconsciente, passível de compreensão consciente.


Os Mecanismos de Defesa “ou a realidade como ela não é”

Na estrutura psíquica, o ego surge em resposta às frustrações e exigências que o mundo externo impõe ao organismo. Á medida que se desenvolve, aprende a obedecer o princípio da realidade, enquanto o id persiste seguindo o princípio do prazer.

          Id--------------Ego-------------Superego

                 conflito                conflito

 O superego incorporou-se ao ego como um controle automático devido às exigências impostas pelo meio. Entretanto o próprio meio pode ser fonte de tentações para os impulsos do id.

 A percepção  de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade, desenvolvendo mecanismos de defesa destinados a proteger a pessoa contra impulsos ou afetos que possam ocasionar conflitos, os quais são fonte de angústia.

 A angústia é a reação do ego diante da percepção inconsciente de qualquer ameaça à sua integridade e se traduz por sintomas e sinais equivalentes a uma reação intensa de medo, porém sem objeto aparente. As ameaças podem provir da própria natureza e intensidade do impulso, do sentimento de culpa frente ao superego se houver satisfação do impulso, do sentimento de inferioridade se o impulso não for satisfeito e do receio de crítica social se o indivíduo não rejeitar as próprias tendências.

Características dos Mecanismos de Defesa

l Processos realizados pelo ego e são inconscientes (ocorrem independente da vontade do indivíduo);

l Têm função protetora;

l Alguns deles são empregados por todos na vida cotidiana para conseguir a estabilidade emocional;

l É a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo o aparelho psíquico;

l O ego mobiliza esses mecanismos que suprimem ou dissimulam a percepção do perigo interno, em função de perigos reais ou imaginários localizados no mundo exterior;

l Podem ser usados para auxiliar na integração da personalidade, apoiando-a na adaptação ao meio e nas relações interpessoais.

l Mas, seu uso pode ser feito de forma inadequada ou mesmo destrutiva, tornando-os, em si mesmos, ameaças para o bom funcionamento do ego, levando ao aparecimento de distúrbios psicológicos.

 Os Mecanismos de Defesa

l A literatura refere mais de trinta mecanismos de defesa a maioria inconscientes.

l Alguns principais:

 Repressão (ou recalque); introjeção; projeção; negação; formação reativa; racionalização; compensação; deslocamento; fantasia; sublimação.

 As Fases do Desenvolvimento Psicossexual

l Fase oral (nascimento a 12-18 meses) – a boca é o centro do prazer.

l Fase anal (12-18 meses a 3 anos) – o ânus se torna o centro de prazer.
  
l Fase fálica (3 a 6 anos) – a genitália é a zona erógena. Acontece o conflito edipiano.

l Latência (6 a 12 anos) – período de repouso no desenvolvimento psicossexual. Grande investimento na vida escolar.

l Fase genital (12 anos à fase adulta) – o genital é a zona erógena. O objeto de interesse do adolescente está em pessoas do sexo oposto.

  
Blibliografia:
BOCK, Ana M.B.  et.all. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2001.